Situado na freguesia de Castelo Rodrigo, o
complexo constituído pela Igreja e Convento de Santa Maria de Aguiar foi
edificado no Século XII, junto à ribeira de Aguiar, afluente do rio Douro,
quando uma primitiva comunidade de beneditinos ou de eremitas integrou a Ordem
de Cister, na década de 1170. De notar, que embora seja conhecido como
"convento", era na verdade um mosteiro, pois a regra vigente era do
tipo monacal (exercida por monges), ou seja, vivendo e trabalhando em locais
afastados dos povoados.
Num
período em que as terras de Ribacôa eram disputadas entre portugueses e
leoneses, que as tinham recentemente conquistado aos árabes, o território do
convento foi incluído na nova diocese leonesa de Ciudad Rodrigo (1175),
dependendo do mosteiro de Santa Maria de Moreruela (Zamora, 1143), de que
também dependia o padroado da terra de Miranda.
Com o
tratado de Alcanices (1297), Santa Maria de Aguiar passa definitivamente para o
domínio português. A dependência da diocese de Ciudad Rodrigo, porém,
manteve-se até 1403, quando transitou para a diocese de Lamego. Até ao final da
Idade Média, apesar do fim dos apoios régios e senhoriais, o convento manteve a
posse de vastos territórios em Portugal e em Leão e Castela.
No
entanto, em meados do século XV, a instituição encontrava-se em decadência. Na
primeira metade do século XVII, sob domínio filipino, ainda foi alvo de obras
de modernização, mas com as invasões francesas, no início do século XIX, e a
extinção das ordens religiosas, o convento foi abandonado, acabando por ser
vendido em hasta pública em 1937. As obras públicas de restauro que se seguiram
alteraram profundamente o legado medieval.
Predominam os estilos romântico e gótico. A
igreja, cisterciense, tem planta em cruz latina, três naves e transepto
saliente, cabeceira escalonada e duas absidíolas de planta retangular.
(in: pt.wikipedia.org)
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