domingo, 19 de fevereiro de 2012

Castelo de Ourém

O Castelo de Ourém, também conhecido como Paço dos Condes de Ourém, localiza-se na cidade de mesmo nome, freguesia de Nossa Senhora das Misericórdias, concelho de Ourém, distrito de Santarém, em Portugal.
Em posição dominante sobre a vila medieval e a ribeira de Seiça, é considerado um dos mais belos castelos portugueses.
época da Reconquista cristã da península Ibérica, incorporada a região aos domínios de Portugal, a toponímia Portus de Auren ou Portum Ourens encontra-se mencionada como termo de Leiria, na Carta de Foral passada a esta vila em 1142. Essa toponímia também consta no documento de doação do Castelo de Cera à Ordem dos Templários (1159), e num documento do Bispo de Lisboa a D. Afonso Henriques sobre uma disputa territorial com os Templários (1167). Acredita-se, desse modo, que a primitiva povoação se localizasse num dos vaus da ribeira de Seiça, provavelmente em algum ponto entre as atuais Sabacheira e Seiça.
A antiga fortificação muçulmana deverá ter sido reconstruída nos primeiros tempos da monarquia, uma vez que a primeira referência a um castelo de planta triangular no alto do monte remonta a 1178.
O castelo ergue-se no topo de uma colina, na cota de 330 metros acima do nível do mar. Apresenta planta no formato triangular irregular, com torres nos vértices.
Ao centro da sua praça de armas abre-se uma cisterna de planta ogival, alimentada por uma fonte.
A torre Noroeste é conhecida como Torre de D. Mécia, por ali ter sido confinada aquela infortunada esposa de D. Sancho II.
No lado Norte do castelo abre-se o Terreiro de Santiago, com uma estátua do Condestável D. Nuno Álvares Pereira ao centro.

No conjunto destacam-se ainda:

  • o Paço do Condes, que foi utilizado como residência oficial do conde D. Afonso.
  • oOs torreões de entrada, erguidos por volta de 1450. À época, uma passagem coberta unia o Paço a uma torre cilíndrica, da qual nos resta a base, e daí se fazia a ligação ao castelo. O Paço e os dois torreões apresentam traços de inspiração veneziana, onde se destacam as cimalhas de tijolos salientes.
  • a Igreja da Colegiada onde se destaca a cripta.
  • a fonte em estilo gótico.
  • o Pelourinho em estilo barroco


(in: pt.wikipedia.org)
















































sábado, 18 de fevereiro de 2012

Convento de Santa Clara

A Igreja de Santa Clara constitui um dos monumentos mais emblemáticos do gótico mendicante da cidade de Santarém, situando-se na proximidade do Convento de S. Francisco, outro exemplar marcante deste estilo arquitetónico. A igreja é a parte remanescente do antigo convento das clarissas, aqui estabelecido em 1264. Atualmente, encontra-se rodeada por um amplo espaço, onde antes se encontravam as dependências conventuais, demolidas no início do século XX, e nas quais se incluía um claustro maneirista. O edifício está classificado como Monumento Nacional desde 1917.
A fundação do convento remonta a 1259, no reinado de D. Afonso III, quando as clarissas, provenientes de Lamego, se decidem fixar em Santarém
Atualmente, a igreja pouco conserva da sua primitiva traça. O edifício é muito longo, apresentando um transepto saliente. A fachada da velha basílica gótica merece destaque pelo seu contrafortado topo poente, enriquecido pela rosácea raiada, com arquivoltas ornamentadas de besantes ou pérolas, sobre a qual se releva uma moldura de pedraria esmaltada com as armas reais. Neste topo, ergue-se a torre sineira, que é rematada por uma bordadura de cachorrada de singular efeito decorativo. O topo oposto é amparado nas quinas por contrafortes e corrido no cimo por uma cachorrada golpeada.
O interior do edifício, de três naves com oito tramos de arcos quebrados e pilares cruciformes sem capitéis, está atualmente desprovido das obras anteriores ao século XV que o ornavam, como os altares, as talhas e as pinturas. Os pilares e as colunas são decorados com pinturas a fresco, de brutesco e dourados, constituindo possivelmente uma obra do século XVII. Nas colunas divisórias da nave central com as naves laterais figuram duas edículas simuladas pela pintura, onde em nichos tardo-renascentistas se encaixam duas pinturas sobre pedra representando S. Pedro e S. João, respectivamente. A abside poligonal, abobada de nervuras radiantes assentes em austeras pilastras, é rasgada por frestas lanceoladas e maineladas. A igreja apresenta analogias muito fortes com a igreja do Convento de São Francisco, apresentando ambas cabeceiras de cinco capelas escalonadas, facto que apenas se repetia noutros três conventos do século XIII, em Portugal. A cobertura dos absíolos é em abóbada de berço.
A arca tumular de D. Leonor Afonso, vazia, apresenta faces ediculadas, que são separadas por botaréus rematados por atalaias ameadas. Nas edículas encontram-se representadas várias figuras, nomeadamente de franciscanos e de clarissas nas faces frontais, e representações da Anunciação e Estigmatização de São Francisco, nos topos. Este túmulo estava soterrado, tendo sido posto a descoberto aquando das obras da década de 40 do século XX. Os restos mortais de D. Leonor Afonso foram transladados em 1634 para um outro túmulo brasonado, no estilo tardo-renascentista, que se encontra adossado à parede fundeira da igreja.


(in: pt.wikipedia.org)