quinta-feira, 26 de julho de 2012

Castelo de Portel





















O Castelo de Portel, no Alentejo, localiza-se na vila, freguesia e concelho de mesmo nome, distrito de Évora, em Portugal.
Em um dos contrafortes da serra de Portel, ergue-se em posição dominante sobre a vila medieval. Nas vizinhanças merecem visita, além do castelo, a Igreja Matriz da Vera Cruz, as grutas de Algar e a barragem do Alqueva.
Embora a região seja rica em testemunhos arqueológicos, a primitiva ocupação humana do sítio do castelo é obscura. A toponímia Portel Mafomede, referida à época de D. Afonso III (1248-1279), transparece uma presença Muçulmana.
À época da Reconquista cristã da península Ibérica, os domínios de Portel Mafomede estavam compreendidos no primitivo termo de Évora, na doação feita por Afonso III de Portugal a João de Aboim, anteriormente a 1257. Este nobre, letrado, que chegou a desempenhar as funções de Mordomo-mor do reino, era tão-somente um valido do soberano quando, após o conflito que opôs D. Afonso III a seu irmão, Sancho II de Portugal (1223-1248), foi agraciado com essa honra entre os termos de Évora e Beja, grosso modo coincidente com a serra de Portel. Em 1257, o monarca dirigiu cartas aos homens-bons de Évora para que aceitassem João de Aboim como seu vizinho. Tendo havido contestação acerca dos limites desta doação, somente após a demarcação de sua jurisdição, em 1261, o soberano autorizou a construção de um castelo onde melhor servisse aos interesses daquele nobre (1261). Desse modo, a 1 de Dezembro de 1262, João de Aboim, acompanhado por sua esposa e filho, passou Carta de Foral aos povoadores do castelo de Portel, em termos semelhantes aos de Évora.
Os trabalhos de construção então iniciados, terão prosseguido sob o reinado de D. Dinis (1279-1325), quando, após falecido o nobre, tendo surgido contenda entre os herdeiros pela posse da honra, o castelo reverteu para a posse da Coroa, por escambo entre o soberano e D. Marinha, viúva de João de Aboim, datado de 9 de Janeiro de 1289. A este soberano é atribuída ainda, a ereção da cerca da vila.
No contexto da crise de 1383-1385, Fernão Gonçalves de Sousa, alcaide de Portel, tomou o partido de Castela, e com receio dos moradores, tomou-lhes as armas a todos e pô-las no castelo. Em Novembro de 1384, no desenvolvimento da campanha alentejana pelas forças do Condestável, D. Nuno Álvares Pereira, um clérigo de Portel, de nome João Mateus, abriu-lhes as portas da vila, facilitando a conquista da povoação e a rendição do castelo. Os seus domínios, após a batalha de Aljubarrota estariam compreendidos na ampla doação de terras e direitos que o soberano fez aquele Condestável, passando, por sucessão, para os domínios da Casa de Bragança.
Posteriormente, sob o reinado de D. Manuel I, a povoação e seu castelo encontram-se figurados por Duarte de Armas (Livro das Fortalezas, c. 1509). Nessa época a estrutura do castelo foi remodelada dando lugar ao paço dos duques de Bragança e a uma barbacã (1510), ficando as obras a cargo do arquiteto-régio Francisco de Arruda, por instância de D. Jaime, duque de Bragança.
Perdida a sua função defensiva, afastado da linha lindeira e das principais vias de acesso ao território alentejano, o castelo foi progressivamente abandonado até se converter em ruínas no século XIX.
No início do século XX, o conjunto foi classificado como Monumento Nacional por Decreto, publicado em 23 de Junho de 1910. A intervenção do poder público fez-se sentir pontualmente, em 1938, por iniciativa da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN). Propriedade da Fundação Casa de Bragança, a degradação do conjunto continuou progredindo até à derrocada de um torreão cilíndrico do paço e, mais recentemente, em Fevereiro de 1998, de um troço de muralha adjacente à torre de menagem, elemento que já havia sido objeto de intervenção na década de 1980. A nova intervenção teve lugar em 1999, a cargo da DGEMN, através da sua Direção Regional Sul, com base em técnicas tradicionais de construção. O conjunto aguarda, entretanto, um plano abrangente de investigação e de musealização.
O castelo, em estilo gótico, apresenta planta heptagonal reforçada por torres de planta circular nos vértices. A sua forma, novidade na arquitetura militar portuguesa à época, parece ter sido inspirada no Castelo de Angers, na França. É dominado por uma imponente torre de menagem, de planta quadrangular, que se ergue a cerca de vinte e cinco metros de altura, dividida internamente em dois pavimentos acima da linha do adarve, ambos cobertos por abóbada em cruzaria de ogiva. O pavimento inferior serviu de cárcere. Foi utilizada a pedra mármore nos cunhais e nas janelas góticas. A porta de acesso à torre é em ogiva.
Esta torre protege o portão de acesso, a Norte, em arco apontado. Pelo lado Sul, a Porta de Beja determina um eixo viário interno em linha reta, ligando as duas portas. O conjunto conta com mais três portas, entre as quais a Porta do Relógio e a Porta do Outeiro. Na praça de armas abre-se uma cisterna e pode-se identificar os vestígios da Capela de São Vicente e as ruínas do paço ducal.
A cerca medieval da vila, não sobreviveu até nós. A defesa do castelo era complementada por uma barbacã, de que se conservam ainda importantes troços a Sul, Norte e Oeste, compostos por cortina reforçada por cubelos de planta quadrangular. É a essa barbacã reedificada por D. Manuel I, que corresponde a porta gótica encimada por brasões reais sobrepostos.



(in: pt.wikipedia.org)

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Castelo Rodrigo

Castelo Rodrigo conserva ainda o plano medieval de praça circular com cintura de muralhas, as quais teriam sido, inicialmente construídas pelos romanos, quando ali teriam edificado um grande forte.

(in: pt.wikipedia.org)







terça-feira, 10 de julho de 2012

Convento de Santa Maria de Aguiar

Situado na freguesia de Castelo Rodrigo, o complexo constituído pela Igreja e Convento de Santa Maria de Aguiar foi edificado no Século XII, junto à ribeira de Aguiar, afluente do rio Douro, quando uma primitiva comunidade de beneditinos ou de eremitas integrou a Ordem de Cister, na década de 1170. De notar, que embora seja conhecido como "convento", era na verdade um mosteiro, pois a regra vigente era do tipo monacal (exercida por monges), ou seja, vivendo e trabalhando em locais afastados dos povoados.
Num período em que as terras de Ribacôa eram disputadas entre portugueses e leoneses, que as tinham recentemente conquistado aos árabes, o território do convento foi incluído na nova diocese leonesa de Ciudad Rodrigo (1175), dependendo do mosteiro de Santa Maria de Moreruela (Zamora, 1143), de que também dependia o padroado da terra de Miranda.
Com o tratado de Alcanices (1297), Santa Maria de Aguiar passa definitivamente para o domínio português. A dependência da diocese de Ciudad Rodrigo, porém, manteve-se até 1403, quando transitou para a diocese de Lamego. Até ao final da Idade Média, apesar do fim dos apoios régios e senhoriais, o convento manteve a posse de vastos territórios em Portugal e em Leão e Castela.
No entanto, em meados do século XV, a instituição encontrava-se em decadência. Na primeira metade do século XVII, sob domínio filipino, ainda foi alvo de obras de modernização, mas com as invasões francesas, no início do século XIX, e a extinção das ordens religiosas, o convento foi abandonado, acabando por ser vendido em hasta pública em 1937. As obras públicas de restauro que se seguiram alteraram profundamente o legado medieval.
Predominam os estilos romântico e gótico. A igreja, cisterciense, tem planta em cruz latina, três naves e transepto saliente, cabeceira escalonada e duas absidíolas de planta retangular.
  

(in: pt.wikipedia.org)




















segunda-feira, 9 de julho de 2012

Torre de Almofala

A Torre de Almofala situa-se num planalto com altura média de 638m, aparecendo indicado na Carta Militar nº162 como “ Casarão da Torre”, com as coordenadas UTM: 305,5; 434,2. O monumento encontra-se a cerca de 3 Km da freguesia de Almofala, na estrada proveniente de Figueira de Castelo Rodrigo, sendo o acesso às ruínas feito pelo lado esquerdo, por um caminho de terra batida, junto à área da barragem de Santa Maria de Aguiar. Foi classificada como Monumento Nacional pelo Decreto-Lei 129/77, de 29 de Setembro.
O edifício corresponde a um templo romano, orientado a nascente, de planta retangular, medindo, originalmente, 16,30 m de comprimento e 8,15 de largura, o que corresponde a 55 e 27,5 pés romanos. Possui um podium bem visível nos lados N, S e O, rematado por uma cornija. Sobre esta elevam-se as paredes, sendo a do lado poente a mais bem conservada, com uma dimensão muito próxima do original, construída em placas de xisto unidas por argamassa de cal.
 

(in: ara-patrimoniobi.com)