domingo, 29 de abril de 2012

Igreja da Atalaia

A Igreja da Atalaia localiza-se na Atalaia (Vila Nova da Barquinha), distrito de Santarém, Portugal. No estilo Manuelino, foi construída pelo Conde de Cantanhede em 1528. Têm o seu portal revestido com ornatos e medalhões de bustos humanos.
A igreja foi classificada como Monumento Nacional em 1926.



(in: pt.wikipedia.org)






domingo, 15 de abril de 2012

Castelo de Abrantes

Á época da Reconquista cristã da península Ibérica, em 1118 ou 1148, a povoação foi conquistada aos mouros pelas forças de D. Afonso Henriques (1112-1185), que lhe determinou a reconstrução das defesas. As necessidades de defesa da chamada Linha do Tejo, valorizaram-lhe o sítio, num período em que a Ordem dos Templários dotava o médio curso do rio de uma impressionante linha defensiva, na qual se inscreveu. Resistiu, desse modo, ao assédio das forças Almóadas sob o comando de Abem Jacob, as quais tiveram que se retirar sofrendo pesadas baixas. Em recompensa por esse feito heroico, recebeu do soberano a sua Carta de Foral (1179). Sob o reinado de D. Sancho I (1185-1211), um novo cerco Almóada sob o comando do califa Abu Yusuf Ya'qub al-Mansur, repetiu-se em 1191, época em que foram perdidas todas as conquistas cristãs nos territórios ao sul do rio Tejo, à exceção da cidade de Évora.
Posteriormente, D. Afonso III (1248-1279) conferiu-lhe importantes melhoramentos na defesa, iniciados em 1250 e concluídos entre 1300 e 1303, já no reinado de D. Dinis (1279-1325), com destaque para a torre de Menagem e a ampliação das muralhas. Este monarca doou a vila a sua esposa, D. Isabel de Aragão, passando, a partir de então, a integrar o património das rainhas de Portugal.
À época da crise de 1383-1385 alinhou-se ao lado das forças do Mestre de Avis, rezando a tradição que foi neste castelo que se tomou a decisão de dar combate às tropas de Castela em Aljubarrota.
Sob o reinado de D. Manuel (1495-1521), a povoação recebeu o Foral Novo (1510).
Na segunda metade do século XVI, o Castelo de Abrantes entrou em decadência, particularmente durante a Dinastia Filipina.
No contexto da guerra da Restauração da Independência portuguesa, no último quartel do século XVII, D. Pedro II (1667-1706) determinou a sua reedificação, transformando a povoação e seu castelo medieval em uma moderna praça-forte abaluartada (Praça-forte de Abrantes), ao estilo Vauban. Para esse fim as muralhas medievais foram rebaixadas e reforçadas, tendo-lhes sido adossados dois meio-baluartes (1704). À época era reputada como "a chave da Província da Estremadura".
No século XVIII, as instalações do castelo foram adaptadas para o uso como quartel, passando a aquartelar um regimento da Cavalaria Real. Posteriormente, entre 1792 e 1799, essas instalações foram ampliadas e ocupadas pela legião comandada pelo marquês de Alorna.
Construído em alvenaria de pedra, apresenta planta poligonal irregular (orgânica), acompanhando o afloramento rochoso em que se ergue, com muralhas de faces predominantemente retas.
Originalmente em estilo românico, as reformas que lhe foram introduzidas no século XIII conferiram-lhe o aspeto gótico.
Do antigo e austero castelo medieval, envolto por um jardim público de onde se descortina uma invejável panorâmica, restam atualmente apenas a sólida Torre de Menagem, a Porta de Armas (no ângulo nordeste) e a arcaria de suporte a dois distintos panos de muralhas que servem de parapeito a um miradouro sobre a cidade.
A Torre de Menagem, com planta quadrangular, invulgarmente localizada no centro da praça de armas, compunha-se originalmente por três pavimentos, tendo os dois superiores ruído no terremoto de 1531. As suas feições foram descaracterizadas por obras promovidas no século XIX.
O primeiro pano de muralhas é reforçado por torres cilíndricas e rasgado por aberturas retangulares. Os baluartes setecentistas distribuem-se ao redor da povoação, a meia encosta.
Na antiga praça de armas, pelo lado oeste, erguem-se as ruínas do antigo Paço dos Condes de Abrantes, iniciado em torno de 1530 pelo Alcaide-mor da Vila, Diogo Fernandes de Almeida, aproveitando aquele trecho das muralhas. Esta edificação foi substancialmente modificada no século XVIII por iniciativa do 1° Marquês de Abrantes, D. Rodrigo Anes de Meneses. O Paço dos Marqueses de Abrantes, marcado pela grandiosidade dos seus elementos arquitetónicos em estilo barroco, entre os quais se destaca a loggia, arcada de onze vãos de volta perfeita, ladeada simetricamente por dois torreões cilíndricos.
Ainda no interior do recinto amuralhado ergue-se a Igreja de Santa Maria do Castelo de estilo gótico, convertida em museu histórico, onde se observam coleções de escultura romana, escultura tumular do século XV e século XVI, além de painéis de azulejos sevilhanos e outras obras de arte.



(in: pt.wikipedia.org)












domingo, 8 de abril de 2012

Castelo de Avis

À época da Reconquista cristã da península Ibérica, as terras da atual Avis foram doadas, em 1211, pelo rei D. Afonso II (1211-1223) à Milícia dos Freires de Évora (fundada em 1175), com a condição de as povoarem e de construírem um castelo para a defesa do lugar. As obras teriam lugar entre 1214 e 1223, atribuídas ao seu primeiro Grão-Mestre, D. Fernão Anes, tendo os freires transferido para aqui a sede da sua Ordem, posteriormente denominada como Ordem Militar de São Bento de Avis ou, simplesmente, Ordem de Avis. Ainda na primeira metade do século XIII foi erguido o primitivo edifício do Convento.
Seria, a partir da ascensão de D. João I, Mestre de Avis, ao trono, que o nome da vila ficou associado à História de Portugal, passando a Ordem para a dependência da Coroa.
Quando da extinção das ordens religiosas em Portugal (1834), a Ordem de Avis possuía em seus domínios 18 vilas, 49 comendas e 128 priorados. A partir de então esse património se desfez, tendo as dependências do Convento-sede em Avis sido vendidas a particulares. Na época, a Câmara Municipal adquiriu a residência dos mestres da Ordem, ali instalando os Paços do Concelho. Não foram encontradas informações sobre os destinos do castelo no período, que, se abandonado, deve ter mergulhado em ruínas.
Os remanescentes do castelo estão classificados como Monumento Nacional por Decreto de 16 de Junho de 1910. Das seis torres originais das muralhas da vila, restam apenas três: a de São Roque, a de Santo António e a da Rainha.



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sexta-feira, 6 de abril de 2012

Castelo de Penela

À época da Reconquista cristão da península, os domínios de Penela terão sido tomados à época da conquista de Coimbra pelas tropas de Fernando Magno (1064). No ano seguinte (1065) o monarca concedeu carta de povoamento a Penela, já então murada, e a mais quatro povoações da região. No testamento do conde Sesnando Davides (1087), a quem o soberano entregara a administração do condado Conimbricense, afirma-se ter sido o conde a povoar os domínios do Castelo de Penela ("(...) meditatem illis castellis quae ego populavi, Arauz et penella."). Acredita-se que datarão deste período as sepulturas antropomórficas no interior das muralhas, junto às escadas do castelejo.
A ofensiva muçulmana que, em vagas sucessivas (1116 e 1117), conquistou e destruiu o Castelo de Miranda do Corvo e o Castelo de Santa Eulália, causando o abandono do Castelo de Soure, integrantes da linha de defesa de Coimbra, terá ameaçado o de Penela. A perda ou abandono de sua posição explicaria a conquista que é atribuída a D. Afonso Henriques (1112-1185), em 1129, embora sem fundamentação documental. As fontes de que dispomos para o período são a Carta de Foral, outorgada pelo soberano em 1137, referindo o "castelo e seus termos", e um instrumento de doação de uma casa "dentro do castelo", com data de 1145. Tais datas colocam em questionamento a conquista de Penela pelo soberano em 1148, como pretendido pelo historiador Frei António Brandão ("Monarchia Lusitana", 1632), improvável também diante do contexto da conquista de Santarém e de Lisboa desde 1147, que empurrara a linha de defesa muçulmana para o rio Sado.
Acredita-se que date desse período uma reedificação do castelo pelo primeiro soberano, providência renovada sob os reinados de D. Sancho I (1185-1211) e de D. Dinis (1279-1325), este último responsável pela edificação da torre de menagem e da cerca da vila, que remontam ao início do século XIV. Aqui nasceu (e faleceu) o infante D. Afonso, segundo filho do soberano, que viria a reinar sob o nome de Afonso IV de Portugal (1325-1357), o que atesta a sua importância.
No contexto da crise de 1383-1385, tendo o alcaide da vila e seu castelo, o conde de Viana, tomado partido por Castela, um dia, quando saía aos campos a buscar mantimentos, foi emboscado à porta do castelo por populares. Tendo caído da montaria, um deles, que Fernão Lopes denomina como Caspirre, degolou-o. E prossegue o cronista: "os seus, quando o viram morto, fugiram todos, e os da vila tomaram logo voz por Portugal" (in Crónica de D. João I).
Posteriormente, D. Pedro, duque de Coimbra, aqui empreendeu grande campanha de obras, quando foram erguidos o paço ducal, e a Igreja de São Miguel, bem como reedificados o castelejo e a Porta da Vila. A vila ganhou ainda Carta de Feira (1433), a ser realizada anualmente no dia de São Miguel (29 de Setembro).
A vila e seu castelo foram elevados em 1465 a condado, vindo D. Afonso Vasconcelos e Meneses a ser o 1° conde de Penela. Posteriormente, os domínios da vila passariam para a Casa de Aveiro.
Sob o reinado de D. Manuel I (1495-1521), o soberano outorgou-lhe o Foral Novo (1 de Junho de 1514), período em que são promovidas novas obras de reparo em suas defesas. Datará deste período a adaptação das muralhas à pirobalística.
Castelo de montanha, em aparelho de pedra de granito, ocupa uma área aproximada de meio hectare. Apresenta planta com o formato poligonal irregular, orgânica (adaptada ao terreno, com o aproveitamento do escarpado natural), disposta num eixo Norte-Sul, com elementos dos estilos românico, gótico e manuelino. Os panos de muralha têm alturas que varia entre os 7 e os 19 metros, e os seus trabalhos desenvolveram-se em duas etapas construtivas principais:
  • o século XIV, quando foi erguido o circuito das muralhas, onde se conservam quatro das doze torres que a integravam; e
  • o século XV, a que pertencem a Porta da Vila ou do Cruzeiro (a Sudoeste) e o castelejo, evolução estrutural da antiga Torre de Menagem.
Subsistem ainda a chamada Porta da Traição ou dos Campos (a Nordeste), e os vestígios da Torre de Menagem, da qual pouco mais resta que uma porta em arco pleno e duas bombardeiras. Esta torre remonta a 1300 e erguia-se no castelejo, primitivo núcleo defensivo, reedificado nos séculos XV-XVI.
Na cerca de muralhas, que envolvia a vila medieval, rasgam-se as duas portas remanescentes: a "Porta da Vila", em arco pleno, no exterior da qual, em tempo de paz, se começou a estender o arrabalde; e a "Porta da Traição", aberta nos séculos XIII-XIV. Esta apresenta uma dupla abertura em cotovelo integrada numa torre quadrangular, testemunhando a permanência da tradição muçulmana na arquitetura militar portuguesa em fins da Idade Média. Reza a lenda local que, ao tempo da Reconquista, D. Afonso Henriques conseguiu tomar o castelo de emboscada, penetrando por esta porta, aberta pelos defensores para dar de beber ao gado. Esta saída permite contornar o castelo pelo estreito caminho de ronda entre as muralhas e o despenhadeiro de 90 metros, num percurso de onde se desfruta da ampla paisagem envolvente. Por fim, a chamada "Brecha das Desaparecidas" constitui hoje a entrada mais franca na fortificação. Aqui se abria a terceira porta, virada a sul, guardada pela torre quinária, e que ligava o arrabalde mais diretamente à igreja.
O conjunto conta ainda com uma cisterna de planta quadrangular, escavada na rocha, para a recolha e armazenamento das águas pluviais.
 


(in: pt.wikipedia.org)




















domingo, 1 de abril de 2012

Castelo de Germanelo

Acredita-se que a primitiva ocupação de seu sítio se deva a um castro romanizado.
D. Afonso Henriques (1139-1185) criou o concelho de Germanelo e deu-lhe Carta de Foral em 1142, na qual determinava que, além de serem livres de impostos, concedia paz, perdão e isenção de justiça a todos quantos tivessem cometido crimes de homicídio, de furto, ou de qualquer outro tipo de perturbação pública, sob a condição de se refugiarem nas terras do Germanelo, de as cultivarem e de as defenderem dos ataques dos inimigos. Datará deste período a construção ou reconstrução do castelo, implantado para servir de posto avançado da segurança no trajeto Ansião-Condeixa, através do vale do Rabaçal.
Com o avanço das fronteiras para o Sul, o castelo perdeu a sua função estratégica, vindo a ser abandonado.
Trata-se de um pequeno castelo em estilo românico, ocupando uma área de 80 mil metros quadrados, com mata circundante
 

(in: pt.wikipedia.org)